Yo
Sem muita introdução, e desculpe a demora...segue ae a sequencia da historia...
* Qualquer tribo que atacar humanos, seja qual for a intenção, será julgada.
* Qualquer tribo julgada uma vez, e que voltar a cometer crimes será destruída ate o ultimo membro vivo, sem aviso ou segundo julgamento.
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1280 - África
Para qualquer estranho que os vissem, acharia as quatros pessoas que caminhava juntas chegando na cidade tão diferentes umas das outras, que nunca diriam serem irmãos. O grupo consistia em uma mulher e três homens.
A mulher tinha cabelo preto liso longo amarrado em um rabo de cavalo que chegava a sua cintura, ela vestia uma peça de tecido que só lhe cobria os seios e deixava a cintura a vista de todos para deleite, completava a roupa com uma calça típica árabe#, e na cintura carregava 3 facas de prata penduradas em uma bainha de couro, por fim usava um colar de prata com uma pedra preta em forma de gato.
Já os homens eram tão estranhos quanto a garota, um era loiro de olhos azuis, esse vestia um Dhoti# preto e branco com detalhes em ouro, usava uma bainha de couro com facas curvadas pendurado em sua cintura e usava um colar no mesmo estilo da mulher, só que o pingente era de uma pantera. O outro que parecia ser o mais velho do grupo vestia muitos tecidos marrom enrolados em seu corpo ao estilo grego#, tecido que se mesclava com seu cabelo castanho, esse possuía olhos verdes e carregava uma trouxa gigante nas costas mas não estava armado, apesar de ter um ar intimidador que dispensava armas, ele usava um colar com pingente de lobo. Por fim o ultimo vestia uma típica roupa africana#, mas com seus cabelos ruivos, olhos azuis e pele clara seria quase impossível ele ser confundido com um nativo, mas concerteza atrairia o olhar de qualquer mulher que o visse, como estava fazendo com as mulheres da cidade que avistaram o grupo chegando, mas pelo menos ele não estava armado e não parecia intimador como o outro mais velho e esse usava colar um com pingente de urso.
- Porque você sempre veste roupas locais de onde estamos Tanda? - Loki estava lhe questionando quando viu alguns mortais repararem no grupo novamente, em especial no Tanda e na Mio.
- Porque assim mostro que respeito os costumes dos nativos, alem de conseguir conquistar as mulheres, elas sempre caem no charme do gostoso aqui. - Tanda lhe respondeu, convencido de suas palavras serem a realidade.
- Na verdade quero ver como irão lutar com essas roupas - Green lhes disse em tom de repreensão.
- Todos escolheram mal em roupas para luta, vocês terão de lutar em forma animal se quiserem ganhar alguma luta, deviam ter se vestido confortavelmente como eu - Mio cortou a resposta de todos.
- Desde quando isso que está vestindo é chamado de roupa? - Loki retrucou a Mio.
Ele nunca havia visto sua irmã vestindo tão poucas roupas, Tanda que já havia visto menos já havia se acostumado e Green pouco se importava com roupas, desde que ela pudesse lutar bem.
- Se acha tão ruim eu mostrar um pouco de pele, posso te mandar tirar suas roupas e chegar na cidade nu? - Ela disse sorrindo para ele.
-Suas roupas estão muito decentes, querida irmã. Ele respondeu na mesma hora.
Nu não! - Ele pensou. Depois disso ele não quis reclamar de roupas mais.
Green que estava achando engraçado a situação do Loki, ele sempre fora melhor que a Mio, mas recentemente ela andava alcançando ele, e agora o superou em um jogo, em lutas eles era iguais antes de se separarem, mas ninguém sabia como ela estava atualmente.
Por fim chegaram ao portão da cidade e foram barrados na entrada pelos guardas, ao fundo do portão aberto já havia se reunido uma multidão para observar o estranho grupo de estrangeiros. Green tomou a frente do grupo para conversar com os mortais, já que era o mais velho e mais paciente, dos quatros.
- Diga seu objetivo nesta cidade estrangeiros? - um dos guardas perguntou, encarando cada um dos estranhos, mas se demorando na mulher de roupas desnuda.
- Só desejemos estadia por alguns dias e comida para prosseguir a viagem, não desejamos causar problemas - Green lhes respondeu.
- Essas armas me parecem que causarão problemas, alem do mais não permitimos mulheres desse tipo em nossa cidade - respondeu o guarda.
Ao ouvir a menção sobre ela, Mio começou a andar para a frente do grupo. Ela parecia louca por uma briga desde o começo da viagem.
- As armas são para nossa defesa durante a viagem, ouvimos que essas terras possuem animais ferozes e não gostaríamos de correr riscos com eles - Green respondeu calmamente e de olho na Mio para impedi la de aprontar algo.
Mas Mio passou a sua frente antes que pudesse impedi-la e se colocou de frente para o guarda proporcionando uma vista generosa de seu decote e com um sorriso sensual pegou no colarinho do homem esticando seu braço e o levantou 5cm do chão então perguntou ao guarda:
- Que tipo de mulher eu sou? Não entendi quando disse “esse tipo” senhor guarda.
Apesar da distração na frente do homem, Loki deu pontos ao mesmo por conseguir tirar os olhos dos seios dela para responder encarando seu rosto, apesar de falhar em sempre descer a vista para abaixo do rosto logo em seguida, mas ele não culpava o mortal, sua irmã tentaria qualquer macho com essas vestimentas que ela dizia ter conhecido em uma cidade em que passou e desde então adotou o estilo de roupas desse povo, ele nem queria mais saber onde ela estivera.
- Mulheres que se vendem obviamente, você está acompanhando 3 homens para lhes prestar tal serviço obviamente, só não consigo imaginar como eles a dividem sendo uma para tantos homens, e nem entendo a necessidade das facas, que são armas de caçadores dignos, não de mulheres do seu tipo que nem sabem segurar uma. Ele respondeu em tom irritado, mas com sua resposta ela lhe desceu ao chão novamente. Ele era um homem casado, não devia ser visto falando com essa mulher.
- Ela não nos serve em nada!!! - Os três irmãos responderam ao mesmo tempo antes mesmo que ela pudesse ter descido o guarda. Nenhum deles jamais gostaria que imaginassem tal coisa deles com a sua irmã, alem de nenhum desejar ter uma mulher assim em sua cama, a irmã era terrível quando zangada e havia se tornado pior no tempo separado, mas nenhum teve coragem de perguntar o que havia acontecido em sua viagem sozinha.
- Como viu, não durmo com nenhum, além de não obedecer a ninguém que eu não queira e posso te mostrar como usar uma faca, coisa que você obviamente não sabe, agora tire os olhos dos meus seios, antes que sua esposa nos veja e saia para o lado, estou suada e quero um banho para tirar a areia do meu corpo.
Ela disse isso enquanto passava a mão no meio de seus seios como para tirar gotas de suor e areia, movimento esse que o guarda seguiu com os olhos mesmo sem querer, só percebendo seu relapso momentos depois quando notou a resposta da mulher que em seguida o empurrou para o lado e foi entrando na cidade o ignorando, todos que estavam no portão se afastaram a sua entrada seguida pelos homens tão atônitos como o guarda.
- E-espere! Não dei autorização para entrar na cidade... - o guarda tentou ir atrás dela e impedir, mas a mulher sem nem mesmo se virar para encara - lo respondeu já com alguns passos de distancia entre eles.
- E eu não lhe dei autorização para babar em mim, mas vou considerar a entrada como pagamento. E continuou andando em direção a estalagem mais próxima.
- Porque começou uma briga logo na entrada? Devíamos entrar discretamente na cidade, e não fazendo um alarde Mio - Green a repreendeu quando a alcançou, agora já recuperado da cena do portão.
- “Discretamente” com essas roupas de vocês? Isso é uma piada Green? Alem do mais estou realmente louca por um banho, odeio o calor você sabe disso.
Na estalagem Green tomou a liderança e antes que a Mio lhes arrumassem problemas com o estalageiro também, conseguiu um quarto para os 4, que ela logo se apossou do banheiro e em seguida caindo na cama ocupando o espaço que todos deveriam dividir aquela noite.
Quando Loki reclamou do egoísmo dela ela simplesmente respondeu já de olhos fechados, vestindo somente uma toalha toda espalhada na cama.
- Loki durma no tapete como um bom cãozinho, e é uma ordem. Para os outros, quem quiser tentar uma luta pela cama, estou mais que disposta a acabar com meu estresse, preciso mesmo relaxar, alguém se oferece? Podem vir, ainda estou com as facas na cintura, mesmo em baixo da toalha. - Ela nem abriu os olhos, mas todos viram quando os seus nervos mudaram para alerta.
- Esse tipo de ordem não estava especificado na aposta! - Loki disse já irado, mas se sentando no chão, ainda não queria ficar nu.
- Dispenso a cama, tenho meu cobertor comigo e Loki você prometeu “obediência total como um cachorrinho”, honre sua palavra ou eu serei seu juiz - Green respondeu.
Era costume entre os povos antigos que quando dado a palavra deve ter uma testemunha, e caso o perdedor quebre a palavra, este deve ser julgado e castigado por um juiz. Depois desse aviso Green foi para o banho sem nem esperar a resposta do irmão, ninguém iria quere-lo como um juiz por quebrar sua palavra, nem mesmo “Loki o mentiroso”. Tanda ainda pensou nas opções, mas acabou pedindo para o Green dividir com ele seu cobertor, levando um sonoro “Não!” como resposta e foi dormir enrolado no carpete como o Tanda, que vistos de cima dava a impressão de dois filhotes em um ninho. Todos acabaram por dormir aquela noite felizes por estar em baixo de um teto.
1000 a.c - Mio
“Era um dia de sol escaldante como todos os outros desse mês, ela tinha ouvido falar que existiam terras tão frias que você poderia tocar o frio com as mãos, mas como eram domínio de outros deuses ela não ousava ir ate esses locais, mas ela sempre teve um fascínio por essas historias. Ela estava caminhando para o templo para falar com sua mãe, ou melhor sua mãe a havia chamado, ultimamente sua mãe quase não saia do templo, pois estava trabalhando em uma visão longa e difícil de ser decifrada, mas se a havia chamado talvez tivesse terminado. Mio havia herdado o dom da mãe desde seu nascimento, e qualquer toque com mortais ou mesmo seus irmãos lhe dava um vislumbre do futuro, mas eram tantos vislumbres que acabou lhe tornando cuidadosa com todo tipo de contatos e mais tarde ate preferia ficar sozinha em seu quarto o dia todo. Somente quando sua mãe decidiu lhe ensinar a controlar seu dom, ela pode ter mais contato com os outros, mas nessa época ela já tinha 100 ciclos, agora ela já era uma adulta, com seus 1000 ciclos, mas ainda era a caçula dos irmãos e a mais fraca também, afinal ela nem sabia lutar como seus irmãos.
A mãe estava na sala interna do templo, ela se aproximou da porta e ficou admirando a mãe, uma mulher linda de pele escura, cabelos lisos negros como a noite que chegavam ate seus pés, ornamentados por finíssimos fios de ouro, usava um vestido branco com intrincados bordados de fios de ouro que formavam diversos tipos de flores, estava descalça, mas ela só ficava assim quando estava cansada. Emy viu sua filha na porta e lhe fez sinal para que entrasse e se sentasse nas almoçadas em frente a ela.
- Milha doce e inocente Mio, queria muito falar contigo.
Ela gostava da voz doce de sua mãe quando lhe chamava de doce.
- Vim como me chamou querida mãe, estou aqui para ouvir seus conselhos como desejar me ensinar.
Ela havia aprendido todas as formalidades para todas as ocasiões e deuses, mas a mãe era quem mais temia ofender ou decepcionar, pois era sua única filha, e seus irmãos eram tão habilidosos e ela só tinha visões o tempo todo para competir com eles.
- Vi o futuro dos mortais e imortais, alem de infelizmente os dos meus filhos, muito em breve vocês se separarão e cada um encontrará seu caminho, alguns serão difíceis, mas o seu é o que mais me preocupa, pois você não aceita aproximação de outros, seus irmãos sofreram um pouco, mas encontrarão seu par, lhe chamei hoje para te passar as visões sobre esse pares, pois eles necessitarão do seu conselho, ou que os guie ate seu futuro, quanto ao seu, espero que entenda sozinha. Me de sua mão e feche os olhos.
Ela lhe estendeu a mão, e assim que a alcançou pode ver seus irmãos e seus futuros, como também o futuro de sua mãe.”
Mio acordou com uma lágrima nos olhos caindo pelo seu rosto, isso era estranho para ela, afinal desde a morte de sua mãe ela havia prometido nunca mais chorar. Virando para o lado, ela voltou a dormir, dessa vez sem sonhos.
Na manha seguinte, Green saiu para conhecer o povoado e levou consigo Tanda, pelo menos ele ajudaria a convencer as mulheres a falarem. Claro antes deu ordem para Mio não sair do quarto, o que a fez mandar no Loki o dia todo, lhe solicitando comida e outras coisas fazendo o irmão de entregador o dia todo, quando o dia estava no fim os irmãos se reunirão no quarto para conversar, todos se sentaram com as pernas cruzadas a moda indiana no carpete em um circulo.
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- Aqui na vila só há humanos, mas existe lendas antigas e rumores de lobos no meio da floresta, alem de desaparecimentos estranhos todo ano, vistoriamos a cidade toda e seus arredores ate o inicio da floresta e sentimos cheiro de lobos, mas eram rastros de no máximo 2 dias, mas estranhamente nenhum deles entrou na cidade - Green relatou.
- Geralmente os desaparecidos são as mulheres mais bonitas ou os homens mais fortes - Tanda completou, feliz por ter conseguido tal informação.
- Mio quais informações pode nos dar sobre sua visão? - Green encarou a Mio, sabia que ela não podia dizer tudo, mas alguma coisa ela poderia, não?
-Não muita coisa, não cheguei a ver nenhum lobo na visão, só sei que tem alguma tribo aqui, e estão perto da represa, e sobre eles não entrarem na cidade, é simples Green, lembra que ao redor da cidade tem um poço? Esse poço vem da agua represada na represa do meu sonho - Mio disse, dessa vez ela estava vestida, com uma roupa igual a anterior, mas era uma verde escura.
- Então temos uma tribo de lobos que sequestram pessoas para aumentarem seu numero, mas eles não pegam muitos para não chamarem atenção, claro que pegar mulheres bonitas ou homens fortes contrasta com a ideia original deles, ou seja, tem um líder idiota e eles estão depois da represa, pois lobos não podem passar agua corrente, eles devem dar uma volta gigante para chegar aqui perto - Loki concluiu as informações obtidas.
- Então vamos direto a aldeia? E quem é o juiz dessa vez Mio? - Green perguntou.
Sempre nas visões da Mio dizia quem seria o juiz, mas em caso de aldeias que ela não teve visões, eles tiravam no jan ken po para escolher o juiz.
- Eu, e você deve ser meu par Green. - Eles nunca julgavam sem um par para dar apoio.
- Perai! Então porque fez a aposta comigo? Loki se interpôs, ele achou que ele quem iria ser o par.
- Green jamais faria apostas, e eu só queria mostrar quem de nós dois é o superior agora, Loki - ela respondeu.
-Mas pode ficar tranquilo, estou com preguiça, portanto você lutará em meu lugar quando eu precisar.
Assim você mostra suas habilidades em lutas atuais e ainda não saberá as minhas. Ela pensou isso para si mesmo, mas todos chegaram a mesma conclusão que ela.
- Quanto a missão lembro de ter visto uma casa abandonada próximo a represa, podemos nos mudar para lá, e sinto que devemos consertar a represa antes de partimos, então um deve ficar aqui quando terminarmos e conversar com a população sobre isso não? - Ela já disse olhando para o Tanda.
- Ei, porque eu? Mulheres não constroem nada, e quero ir com vocês.
- Primeiro vamos todos na casa levar nossos pertences. Então vamos fazer uma varredura na floresta antes de irmos dar nossos cumprimentos aos aldeões. - Green se focando no caso deles.
- Concordo, e temos de ver uma coisa importante, porque consertar a represa se é justamente ela estar quebrada que afasta os lobos? E alguém aqui entende de represas ou construções? Loki deu sua contribuição.
- Conserto quer dizer que ficaremos mais tempo Mio, e geralmente não demoramos mais de uma semana no local. - Green concordou.
- Sei que nosso dever é julgar, mas o meu em especial agora que nossa mãe se foi é “guiar”, e não adianta julga-los, se não resolver os problemas, eles irão voltar depois, e nossas leis são claras:
* Qualquer tribo que atacar humanos, seja qual a intenção será julgada.
* Qualquer tribo julgada uma vez, e que voltar a cometer crimes será destruída ate o ultimo membro vivo, sem aviso ou segundo julgamento.
* Qualquer transmorfo que recusar julgamento será exterminado.
* Qualquer tribo que cometer abusos, o líder é quem responderá primeiro.
- E sabemos que o juiz só volta a tribo para o juízo final, não poderei ser eu a voltar aqui ou ficar aqui cuidando da represa, então será um de vocês - Mio finalizou.
Todos conheciam essas regras que estavam gravadas em seus ossos desde seu nascimento, foram criadas por sua mãe para que pudessem melhorar o mundo. Os irmãos não quiseram ver os olhos uns dos outros, pois não queriam saber quem teria de ficar para trás, afinal agora que haviam se reunido novamente gostariam de continuarem juntos sempre, estavam cansados de viver com mortais de vida curta, era sempre doloroso ver seus conhecidos e amigos morrendo e não podendo fazer nada, nem revelar suas identidades reais, somente os lobos julgados poderiam saber quem eram.
Eles juntaram seus pertences e rumaram para fora da cidade em direção a cabana que a Mio havia previsto, a acharam facilmente, pois só precisavam seguir o barulho da cachoeira na floresta. A cabana era velha e visivelmente abandonada a anos, mas seria ótimo para uma base, pois ficava quase fora de vista em meio ao mato alto em volta da casa.
Quanto a paisagem, eles estavam no centro da floresta fechada, onde dois rios passavam tranquilamente na parte sul e norte da mata, somente em uma parte havia uma aproximação de ambos com uma distancia de 2 metros entre os rios, aproveitando esse ponto os mortais construíam uma represa feita de juncos e madeira em forma de circulo, fazendo com que o rio do norte após despejar sua agua na represa deramase a agua no rio sul, e ambos logo em seguida continuavam seus caminhos, sendo que somente metade se seus cursos foram usados para a represa. Mas como a represa estava quebrada próximo a parte que despejava a agua no lado sul, a agua da represa descia na encosta formando uma cachoeira que despencava no rio sul.
Os quatros se transformaram em lobos e partiram para dentro da floresta como uma matilha, cada um seguindo cheiros e analisando trilhas, quando o dia estava findando haviam conseguido mapear todas as trilhas como também achar a vila de lobos. Mio como não tinha cheiro algum, mudou em um pequeno corvo e sobrevoou a vila, nela conseguiu contar mais de 200 nativos lobos, alguns estavam em forma de lobo outros em forma humana, ambos estavam andando calmamente dentro da vila. Pousada em um galho de uma árvore próxima na vila conseguiu ver casais conversando, amigos falando de caçadas e viu o líder, este era obviamente um nativo do pais, ele se vestia como um e de acordo com a Mio ficou bem melhor que o Tanda naquelas roupas típicas, mas ela viu também que ele possuía 3 esposas.
Isso era contra as regras de clãs, onde ele deveria escolher somente uma companheira, mas o que Mio achou realmente estranho na aldeia era que não havia visto nenhuma criança na vila toda. Mesmo lobos podem ter filhos, porque eles não tinham nenhum? Lobos viviam um pouco mais que os humanos normais, em media 150 á 200 anos, mas podiam ter filhos que herdariam seu dom. Mio e os irmãos viveriam ate que seus dias findassem, a não ser que fossem mortos, claro seria muito difícil mata-los considerando a habilidade de luta de todos, mesmo Tanda era um oponente difícil para os mortais, a questão aqui era que não eram mortais, então como pegar 200 lobos usando 4 pessoas? Será que se eles invadissem a aldeia esses lobos seriam a favor ou contra o julgamento? Muitas perguntas e nenhuma resposta, ela decidiu voltar para os irmãos, onde lhes contou o que viu, alem das saídas e entradas da aldeia.
Voltaram a casa e fizeram um mapa da aldeia, decidindo os pontos de entrada dos 4 de forma que pudessem ter a vila toda sobre controle. Decidiram invadir o local assim que o sol nascesse novamente. Aquela noite todos dormiriam em quartos separados, após o jantar que o Loki cozinhou a pedido da Mio eles estavam vendo os últimos preparativos quando sentiram cheiro de lobos se aproximando da casa, ao saírem para fora viram que haviam cercado a casa com pelo menos 5 lobos, mas pela quantidade de cheiros eles seriam no mínimo 50 lobos.
- O que querem por essa mata tão longe da civilização? - Perguntou o que Mio identificou como líder da matilha anteriormente.
- Só estamos de ferias?! - Tanda tentou, obviamente falhando quando viram as facas da Mio e a espada curva do Loki atrás dele, ambos já com as armas as mãos.
- Ora, vocês costumam passar férias em matilha, desculpe, em família nessas matas?- o líder respondeu com um sorriso tranquilo no rosto, mas Tanda viu que seu sorriso não chegava aos olhos.
Os quatros retesaram os músculos do corpo ao mesmo tempo a menção da palavra “matilha”, nem mesmo os lobos deveriam ser capazes de dizer suas identidades, ficava a dúvida de como eles haviam descoberto.
- Matilha? Porque diria algo estranho assim? - Tanda continuou calmo, demonstrando ser o cara bonzinho e pacífico do grupo, Green nem querendo teria como se passar por pacífico.
- Por que rastreamos cheiro de 3 lobos hoje pela mata, o que nos traz ate esse local, não sei nada dessa mulher, mas ela concerteza poderia ser minha quarta esposa, beleza ela tem suficiente para atrair meu interesse, mas não admito mulheres com armas docinho - ele disse, dedicando um olhar demorado sobre a Mio.
Na mesma hora Mio que deu um passo em direção ao grupo, os irmãos tentaram para-la, mas ela desviou deles se transformando em gato na mesma hora que deu um pulo em direção ao líder, mudando de forma novamente no ar antes mesmo de pousar no chão nas costas do líder já com uma faca em cada mão, assim que chegou ao chão em um rápido movimento impossível de seguir com o olhar por um simples mortal ou mesmo um lobo ela já tinha uma faca já posta no pescoço do líder, a outra apontada para seu coração, rosnando ela disse entre dentes.
- Mexa um músculo e te mato sem duvidas ou remorso, e saiba que eu não suporto a palavra “docinho”, alem de que sou muita carne para seu lobo idiota.
Quando ela havia pousado no chão, os lobos haviam mudado de forma e tentado proteger seu líder, mas foram impedidos por Green que havia se tornado um lobo, gigante em comparação aos mortais mudados, e ele havia se interposto entre Mio e o restante da matilha. Loki já havia pegado um do lobos de surpresa e o acertado na perna com sua espada, ao Tanda só restava ver a situação ainda da varanda da casa. Ele disse uma única palavra que descrevia a situação perfeitamente:
- Merda.